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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Aventureiros do Mar: Bucaneiros, Corsários, Flibusteiros e Piratas - quem são eles??

É comum, inclusive entre os pesquisadores, a confusão entre as várias denominações desses aventureiros do mar:

Bucaneiro..:: é a denominação dada aos piratas que infestavam as Antilhas nos séculos XVI e XVII, bem como ao caçador de bois selvagens (do francês boucanier, de boucan, carne defumada). A razão do nome é que aventureiros europeus iam caçar bois selvagens nas Antilhas (mais especificamente, em São Domingos) para defumar-lhes a carne (numa grelha nativa denominada boucan) ou fazer comércio de peles. Assim, já em 1578, Jean de Léry usa o termo significando carne defumada ou grelhada, seguindo-se anos depois a forma portuguesa mocaém, que gerou moquém, e os derivados moquear, moqueação, provavelmente também moquenca e moqueca. De boucan surgiu o verbo francês boucaner (grelhar), daí o substantivo boucanier, documentado em 1661/1671. Na mesma época, aparece o inglês bucaneer ou bucanier, significando "caçadores franceses", e em 1690 com o significado de "piratas das Índias Ocidentais". Só na segunda metade do século XIX é documentado em português o termo bucaneiro. Expulsos das Bahamas pelos ingleses em 1629 e de San Cristóbal pelos espanhóis em 1630, os bucaneiros aliaram-se aos piratas da ilha da Tortuga e à França, ocupando em seu nome o Oeste de Santo Domingo em 1665.

Corsário..:: é o particular autorizado por seu governo beligerante (através de uma Carta de Corso) a dar caça às embarcações mercantes de uma nação inimiga, apresando-as e às suas cargas. O corso foi empregado entre os séculos XVI e XVIII pelas nações que não podiam enfrentar o poderio naval da Inglaterra e da Espanha. Em certos casos, por força dos tratados assumidos pelos soberanos, essas autorizações eram dadas verbalmente a súditos leais, sem apoio documental, traduzindo-se na condescendência dos soberanos para com tais práticas. Em tempos modernos, os submarinos alemães que atacaram navios mercantes aliados, nas duas grandes guerras mundiais do século X, podem ser classificados como corsários, o mesmo ocorrendo com algumas ações ocorridas na Guerra Civil Espanhola, de 1936 a 1939. Proveniente do latim cursus (significando viagem, marcha, de currere - correr, viajar, marchar), o termo cursarius é documentado no latim medieval em 1234 e gerou os italianos corsale e corsare (antes corsaro e corsario), o espanhol corsario, e também o francês corsaire, o provençal corsari e o português corsário, todos entre os séculos XIII e XVI.

Flibusteiro..:: é o nome dado ao pirata americano dos mares nos séculos XVII e XVIII (do francês flibustier, derivado do inglês filibuster, palavra por sua vez derivada do neerlandês vrijbuiter). No século XIX, designava certos aventureiros americanos que chefiaram expedições às Antilhas e à América do Sul com o objetivo de saque. A palavra é uma composição de radicais conexos com os ingleses free (livre) e booty (butim), significando "o que pilhava livremente", e origionou o holandês vrijbiter no século XV, e depois os termos ingleses freebooter (em 1570) e filibuster (em 1587), apesar do uso desta segunda palavra só se intensificar entre os últimos anos do século XVIII e meados do século XIX. Paralelamente, de forma direta ou indireta, derivou do holandês o termo flibustier (francês, em 1667), que gerou o espanhol filibustero (em 1836) e o português flibusteiro (na segunda metade do século XIX). Diferentes dos corsários, os flibusteiros só pilhavam navios espanhóis em alto-mar, usando para isso uma carta de corso qualquer, apenas como precaução.

Pirata..:: é o ladrão do mar, não se submetendo às leis do país nem às convenções internacionais, acometendo pessoas no mar ou na costa para se apoderar dos seus bens (do italiano pirata, palavra derivada do latim piratae e este do grego peirates). Termo surgido nos fins do século XV e inícios do século seguinte, junto com o holandês piraat, o sueco e dinamarquês pirat e o alemão Pirat. Antes, porém, já eram registrados o francês pirate (em 1448) e o inglês pirate em 1426; o grego peiratés, oriundo do verbo grego peirãn (significando atacar, assaltar) e o latim pirãta, com sentido semelhante (ladrão do mar).

Forbantes, vitualheiros (contrabandistas de vitualhas - víveres), vikings (reis do mar), gueux de mer, irmãos da costa (autodenominação dos piratas) são outros nomes dos piratas, segundo a História, que registra ainda uma advertência aos governantes descuidados: em 1066, o duque normando Guilherme montou uma expedição contra a Inglaterra, capturou-a e fez-se rei: foi o maior assalto de pirataria da história.

Fonte..:: Novo Milênio

(fatos_históricos)

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