Um modelo "ultra-ambientalmente correto" no formato de um disco voador está sendo projetado pela equipe da universidade, conhecida como DELcraFTworks. Eles alegam que o desenvolvimento das aeronaves como conhecemos chegou ao limite da economia em emissão de poluentes. O projeto recebeu o nome de CleanEra - era limpa - e o conceito deve ser difundido em outras pesquisas. Com a utilização de novos formatos e materiais mais leves, a poluição na atmosfera deve diminuir em até 50%. O disco voador ecológico vai ter capacidade para abrigar até 125 passageiros e a velocidade máxima deve chegar a 852 km/h.
A firmeza do propósito pode ser vista no ´mascote´ criado - nada menos que uma espécie de disco voador. De acordo com a equipe, o projeto final não deverá se parecer com um disco voador, mas também não terá nada a ver com os aviões atuais. Para eles, a atual geração de aviões já exauriu seu potencial de desenvolvimento. A imagem que abre a matéria, na verdade, é uma ilustração artística que pode não ser fiel ao projeto original. Foi uma alternativa que os professores da instituição de ensino usaram para mostrar que a quebra de paradigma deverá ser grande.
A idéia é inovar radicalmente, sem nenhum compromisso com qualquer tipo de avião já feito. Aeronaves ambientalmente sustentáveis podem dar uma virada nas noções de engenharia aérea. "Eu quero acabar com a imagem de cilindros com asas", declarou Etnel Straatsma da Delft University of Technology. O avião do futuro é um disco voador. Ele emitiria 50% menos dióxido de carbono por passageiro por milha do que os aviões atuais. Ele também reduziria outros poluentes e ruído.
"Desde que o primeiro Boeing 707 voou em 1957, aviões de passageiros mudaram muito pouco na sua aparência básica", explicou um dos pesquisadores. "No entanto, como avanços futuros no design básico estão cada vez mais difíceis de serem realizados, pressões econômicas e ambientais significam que a tendência para mudanças radicais é mais forte." Mudanças radicais podem ser interpretadas como a introdução de novos materiais e formas, ou até reviver antigos sistemas de propulsão.
Propulsores retrô
Uma idéia é voltar a utilizar hélices, pois são mais eficientes no gasto de combustível do que os motores a reação usado nos jatos (turbina a querosene), mesmo quando as próprias turbinas impulsionam as lâminas do propulsor. Existe a impressão de que aviões turbo hélice são mais lentos, algo que Straatsma não concorda.
"Um dos requisitos é aumentar o conforto e isso não pode ser alcançado se o vôo for mais longo", disse. Há propulsões com lâminas curvas que podem alcançar a velocidade dos aviões de passageiros de aproximadamente 850 km/h. O problema é que as lâminas giram tão rápido que as pontas criam ondas de choque extremamente barulhentas. Straatsma afirma que seu grupo tentará reduzir esse ruído, talvez combinando dois propulsores em contra-rotação (girando em sentidos opostos).
Material
Materiais compostos de plástico reforçado e fibras entrelaçadas são uma alternativa ao metal. São tão fortes quanto, porém mais leves, o que reduz a utilização de combustível. A Boeing anunciou recentemente o novo 787 Dreamliner, composto 50% de plástico para diminuir o peso. A leveza destes materiais oferece mais liberdade para mudar a forma da aeronave, o que beneficia a aerodinâmica.
O projeto CleanEra foi iniciado em maio de 2007 e a previsão é de que fique pronto em quatro anos. Uma das únicas certezas é que o avião ultra-ambientalmente correto deverá ser quase neutro em termos de poluentes. O restante será criado do zero. Os pesquisadores ainda afirmam que não se deve esperar que o novo avião, seja qual for o seu aspecto, decole comercialmente antes de 2020.
Fonte..:: Guia da Semana / Autoracing
(transportes, recicle suas idéias)
Comente!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
A R9 Turismo agradece sua participação!
obs: Os comentários são moderados.
Mantenha contato! Muita Luz ...