Quando entramos em uma área natural quase sempre nos sentimos bem, percebemos que alguma coisa muda. Quanto mais nos aprofundamos nessa relação, nessa intimidade com os elementos naturais, percebemos que ali há uma grande escola que nos proporciona uma das raras oportunidades que temos para realmente evoluir. Quem já teve a experiência de, por exemplo, caminhar por uma mesma trilha diversas vezes pode compreender isso: a cada vez há coisas diferentes que podemos ver ou coisas diferentes em que pensar. A situação nunca se repete, o que nos leva a refletir sobre a constante transformação de tudo. Ao perceber isso percebemos a nós mesmos (NEIMAN & MENDONÇA, 2000).
É preciso, como diz Edgar Morin, “recolocá-los em seu meio ambiente para melhor conhecê-los, sabendo que todo ser vivo só pode ser conhecido na sua relação com o meio que o cerca, onde vai buscar energia e organização” (1993: 1-2).
De acordo com WEARING & NEIL (2001), o ecoturismo:
proporciona empregos e renda para a população local;
torna possível o financiamento para compra e melhoria de áreas protegidas ou naturais, atraindo mais ecoturistas no futuro;
proporciona educação ambiental para visitantes;
encoraja a melhoria da preservação ambiental e do patrimônio (a criação de parques nacionais e estaduais novos ou ampliados, reservas florestais, reservas de biosfera, áreas recreacionais, praias, trilhas marítimas ou subaquáticas e atrações).
Para WEARING & NEIL (2001), o ecoturismo tem a função e a importância de:
estimular a compreensão dos impactos do turismo sobre o meio natural, cultural e humano;
assegurar uma distribuição justa dos benefícios e custos;
gerar emprego local, tanto diretamente no setor de turismo como em diversos setores da administração de apoio e de recursos;
estimular as indústrias locais rentáveis, como hotéis e outras instalações de alojamento, restaurantes e outros serviços de alimentação, sistemas de transporte, produção de artesanato e serviços guia;
gerar divisas estrangeiras para o País e injetar capital e dinheiro novo na economia local;
diversificar a economia local, particularmente nas áreas rurais, onde o emprego agrícola pode ser esporádico ou insuficiente;
buscar a tomada de decisões em todos os seguimentos da sociedade, inclusive nas populações locais, de modo que o turismo e outros usuários dos recursos possam existir;
incorporar o planejamento e o zoneamento, assegurando o desenvolvimento turístico apropriado para a capacidade de sustentação do ecossistema;
estimular a melhora do transporte, da comunicação e de outros elementos da infra-estrutura comunitária local;
criar instalações recreativas que podem ser usadas pelas comunidades locais, pelos visitantes domésticos e internacionais;
estimular, auxiliando seu custeio, a preservação dos sítios arqueológicos e de edifícios e bairros históricos;
monitorar, avaliar, administrar os impactos do turismo, desenvolver métodos confiáveis de contabilidade ambiental e calcular qualquer efeito negativo;
manter sua matéria-prima, ou seja, conservar a área atuada, trabalhando com programas de conservação ambiental;
ter papel educativo e existencial.
Fonte..:: Apostila Gestão de Empreendimentos Turísticos – Versão 4 – Renato Marchesini, 2010
(ecoturismo, recicle suas idéias)
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