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sábado, 17 de julho de 2010

Táxis aquáticos podem acabar com pesadelo dos engarrafamentos no Líbano

No Líbano, um pequeno país na costa leste do mar Mediterrâneo com grandes problemas de trânsito, a mais nova alternativa de deslocamento é o táxi aquático, uma proposta de um empresário mexicano-libanês, que espera iniciar as operações em 2011.

O criador do projeto Beirute Water Taxi, Khaled Taki, contou à Agência Efe que a ideia nasceu quando dois de seus empregados se demitiram, justificando que não aguentavam mais os engarrafamentos diários no trajeto entre suas casas e a empresa na capital libanesa.

"O táxi aquático é o único meio para resolver este problema da região", declarou Taki, presidente da Franchise Business Consultants (FBC) de Beirute.

Para ele, o serviço de táxi em barcos de diferentes tamanhos é comum em cidades como Nova York e Londres, onde seus filhos estudaram e vivem. Aqui no Brasil, um dos serviços mais conhecidos como alternativa ao trânsito são as barcas que ligam Niterói ao Rio de Janeiro.

O novo meio de transporte ainda não circula no Líbano, mas está previsto para que os primeiros barcos comecem a circular em junho de 2011. O único entrave para a inauguração do serviço é a aprovação da lei que regulariza o transporte marítimo, "inexistente no país e sem a qual será impossível levar o projeto adiante", disse o empresário.

O Líbano é um país pequeno, com uma superfície de 10.452 quilômetros quadrados - o equivalente à Região Metropolitana de São Paulo e à Baixada Santista, juntas. Além de não ter mais onde ampliar sua infraestrutura, o país enfrenta um caos no transporte público, rendido ao trajeto por estradas mal organizadas.

Os deslocamentos diários se transformam em um pesadelo para milhares de libaneses. Como se não bastasse, não existe metrô na cidade, os trens foram abandonado há anos e o estado das estradas é lastimável.

"As estatísticas indicam que meio milhão de veículos entram e saem todos os dias de Beirute e que 25% deles transportam apenas uma pessoa", ressaltou o criador do projeto.

O empresário, que começou a elaborar um plano de viabilidade para início de 2009, pesquisou várias fórmulas para tentar fazer o preço do trajeto cair a um custo competitivo.

Taki optou então por utilizar barcos grandes, para transportar mais de 100 pessoas e permitir que o preço do trajeto fosse o mesmo cobrado pelos táxis convencionais de cinco passageiros, muito utilizados no Líbano.

"É um projeto para todo o Líbano, que beneficiará principalmente a população com a renda mais baixa", disse Taki, destacando que para satisfazer as necessidades dos usuários, os barcos circularão nos horários de pico, entre 6h30 e 9hs e entre 16h30 e 19hs.

No meio tempo, as embarcações serão utilizadas para turismo, e a partir das 20hs os clientes poderão jantar, escutar música ou apenas embarcar nos navios "shuttle", os maiores, e "clipper", os pequenos, além do VIP, com capacidade para 16 pessoas.

Um dos principais obstáculos, diz Taki, é que "não há estações, e, para construir cada uma delas, é preciso investir entre US$ 1,5 milhão e US$ 3 milhões".

"As estações podem ser criadas graças a um sistema de franquia e serão todas financiadas pelo setor privado, mas precisamos que o Governo faça um contrato de locação por um mínimo de 20 anos", acrescentou.

Enquanto explicava os detalhes do projeto em seu escritório, Taki ia apontando o trajeto dos barcos em um mapa: começa no terminal de Trípoli, a 85 quilômetros ao norte da capital, e percorre as cidades de Byblos, Jounieh, Beirute, Damour, Sidon, Tiro e Nakura, próxima à fronteira com Israel.

"Isto permitirá a criação de cerca de 15 mil empregos, graças aos 10 shoppings que serão construídos no interior dos terminais e das 200 pequenas e médias empresas", declarou o empresário.

O projeto, estimado em US$ 50 milhões, tentará envolver todas as regiões do Líbano, governado por diferentes forças políticas, porque "o único modo disso funcionar é que o bolo seja dividido entre todos", justificou Taki.

Em uma fase futura, "pensamos em construir em Sidon, Tiro, Byblos e Trípoli, junto aos terminais, quatro hotéis instalados em navios, com 200 ou 300 quartos, para as pessoas que não possam gastar mais de US$ 20 para dormir".

"Temos uma reputação entre os turistas de que somos um país muito caro, e, por isso, estou tentando mudar essa ideia e oferecer outras opções", concluiu.

Fonte..:: Terra

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