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(Baixada Santista)
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sábado, 10 de julho de 2010

AVES QUE PODEM SER OBSERVADAS NO MANGUEZAL


OUTRAS AVES:
Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), Cambacica (Coereba flaveola), Sanhaço-cinzento (Thraupis sayaca), Sanhaço-do-coqueiro (Thraupis palmarum), Mariquita (Parula pitiayumi).


MANGUEZAIS
Os manguezais são ecossistemas típicos dos litorais tropicais e subtropicais do mundo. Podem ser caracterizados como sistemas ecológicos de transição entre o ecossistema terrestre e o costeiro,pois sua ocorrência está restrita as áreas sob influência das inundações periódicas das marés. Estão presentes ao longo de quase todo o litoral brasileiro, desde o Oiapoque até Laguna, em Santa Catarina.

A importância dos manguezais deve-se ao fato dos mesmos serem áreas altamente produtivas, que contribuem significativamente para a fertilidade das águas costeiras, graças a grande quantidade de matéria orgânica gerada neste ambiente, transformada em partículas de detritos e exportada para as águas costeiras adjacentes, compondo a base alimentar de diversas espécies de organismos de valor comercial, tais como caranguejos, camarões e peixes.

Vale ressaltar que tais organismos passam toda ou pelo menos uma parte de suas vidas no manguezal, podendo utilizá-lo para alimentação, reprodução, desova, crescimento e proteção contra predadores. Atualmente, a importância da preservação dos manguezais é destacada em inúmeras publicações das áreas de biologia, ecologia, etc.

Hoje sabe-se que o ecossistema manguezal exerce ainda outras funções que são consideradas como benefícios ou serviços gratuitos à comunidade, tais como:

• proteção das áreas de terra firme contra tempestades e ações erosivas das marés;
• retenção de poluentes, reduzindo a concentração dos mesmos nas águas adjacentes;
• retenção de sedimentos finos carreados pelas águas, favorecendo a manutenção dos canais de navegação;
• recreação e lazer (pesca esportiva, turismo ecológico, etc.).

Apesar dos benefícios diretos e indiretos obtidos com a preservação deste ecossistema, os bosques de mangue ainda são vistos como áreas sem valor e vem sendo cada vez mais ameaçados por diversas atividades humanas.


As principais causas associadas a degradação dos manguezais da Baixada Santista são basicamente as mesmas de outras cidades litorâneas já exemplificadas no quadro anterior, com destaque para as atividades industriais e portuárias, expansão urbana e especulação imobiliária.

Segundo dados da CETESB de 1991, os bosques de mangue ocupavam cerca de 131 km2 da região da Baixada. Naquela ocasião o manguezal remanescente correspondia a 40% da área original, pois 16% da área já havia sido totalmente ocupada, 31% se encontrava degradada e 13 % da área apresentava sinais de degradação por poluição.

VEGETAÇÃO DOS MANGUEZAIS
A vegetação arbórea do manguezal é composta por poucas espécies. Nos mangues da Baixada Santista e de todo o litoral sudeste do país, além de uma variedade vegetais como algas, liquens e bromélias, ocorrem apenas três espécies de porte arbóreo: Rhizophora mangle (mangue vermelho), Avicennia schaueriana (mangue preto) e Laguncularia racemosa (mangue branco).


Para germinar, criar raízes e sobreviver em terrenos de solo frouxo, pouco oxigenados, freqüentemente inundado pelas marés e com altos teores de sais na água e no solo, as árvores de mangue desenvolveram várias adaptações morfológicas e fisiológicas que favoreceram seu sucesso na colonização desse ambiente hostil à maioria das plantas.

Uma das principais adaptações desses vegetais está no sistema radicular. O mangue vermelho possui um complexo sistema de raízes, formado por raízes-escora e raízes subterrâneas. Enquanto as raízes subterrâneas exercem as funções de absorção de água e nutrientes, as raízes-escoras garantem a sustentação da árvore e permitem a troca de gases entre a planta e o meio externo através de estruturas denominadas lenticelas.

Já o mangue preto e o branco têm sistemas de raízes de onde surgem ramificações para fora do solo, exibindo um geotropismo negativo. Esse tipo de raiz, conhecido como pneumatóforo, é uma estrutura de respiração e sua superfície apresenta-se repleta de lenticelas.
As espécies de mangue também possuem mecanismos para regulação da concentração interna de sais. O controle da concentração de sais na planta pode ser feito pela eliminação do excesso de sal através de sistemas glandulares presentes nas folhas, como é o caso das folhas de mangue preto, ou pela presença de mecanismos fisiológicos capazes de "filtrar" a água salgada durante a absorção de sais pela raiz, como ocorre com o mangue vermelho.

Outra eficiente adaptação das plantas de mangue é a viviparidade, isto é, o desenvolvimento do embrião ocorre enquanto ainda está preso à árvore e só se desprende da planta-mãe após ter se completado sua formação.

As plantas das três espécies exibem um certo grau de viviparidade, sendo o de Rhizophora mangle o mais acentuado. Vale ainda destacar que as sementes e plântulas possuem grande capacidade de flutuação e de resistência à permanência na água.. Tais características, juntamente com as demais, podem ser consideradas como excelentes estratégias para garantir o sucesso de dispersão, fixação e desenvolvimento das plantas de mangue.

*Imagens: www.tvcultura.com.br

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
- CETESB, 1991. Avaliação do estado de degradação dos ecossistemas da Baixada Santista. Relatório Técnico, junho/91, 45p.
- Herz, R., 1987. Estrutura física dos manguezais da costa do Estado de São Paulo. In: Simpósio sobre Ecossistemas da Costa Sul e Sudeste Brasileira, Cananéia, 1987. Publ. ACIESP 54,. v.2, p.117-137.
- Lacerda, L.D., 1984. Manguezais: floresta de beira-mar. In: Rev. Ciência Hoje, v.3, nº 13, p. 63-70.
- Maciel, N.C., 1989. Manguezal. In: Eng. Ambiental, ano 2 nº5, janeiro/89, p 31-36.
- Schaeffer-Novelli, Y., 1989. Perfil dos ecossistemas litorâneos brasileiros, com especial ênfase sobre o sistema manguezal. Public. Especial do Inst. Oceanog., São Paulo,(7):1-16.
- Schaeffer-Novelli, Y. & Cintrón, G., 1986. Guia para estudos de áreas de manguezal: estrutura, função e flora. São Paulo, Caribbean Ecol. Research, 150 p. e 3 apêndices.

Fonte..:: Porto Gente

(papo de biologia)

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