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domingo, 25 de outubro de 2009

Revolução Constitucionalista 1932 - Baixada Santista

Julho de 1932. Explode em São Paulo uma revolta contra o presidente Getúlio Vargas. Tropas federais são enviadas para conter a rebelião. As forças paulistas lutam contra o exército durante três meses.


O episódio fica conhecido como a Revolução Constitucionalista de 1932.1930, uma revolução derrubava o governo dos grandes latifundiários de Minas Gerais e São Paulo. Getúlio Vargas assumia a presidência do Brasil em caráter provisório, mas com amplos poderes.

Todas as instituições legislativas foram abolidas, desde o Congresso Nacional até as Câmaras Municipais. Os governadores dos Estados foram depostos. Para suas funções , Vargas nomeou interventores.

A política centralizadora de Vargas desagrada as oligarquias estaduais, especialmente as de São Paulo. As elites políticas, do Estado economicamente mais importante, sentem-se prejudicadas.


E os liberais reivindicam a realização de eleições e o fim do governo provisório.O governo Vargas reconhece oficialmente os sindicatos dos operários, legaliza o Partido Comunista e apóia um aumento no salário dos trabalhadores. Estas medidas irritam ainda mais as elites paulistas.

Em 1932, uma greve mobiliza 200 mil trabalhadores no Estado. Preocupados, empresários e latifundiários de São Paulo se unem contra Vargas.



Principais operações aéreas governistas contra a baixada santista em 32

No dia 23 de maio é realizado um comício reivindicando uma nova constituição para o Brasil. O comício termina em conflitos armados. Quatro estudantes morrem: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo. As iniciais de seus nomes formam a sigla MMDC, que se transforma no grande símbolo da revolução.


Grupo de combate, trincheira de Santos, 1932


E em julho, explode a revolta. As tropas rebeldes se espalham pela cidade de São Paulo e ocupam as ruas. A imprensa paulista defende a causa dos revoltosos. No rádio, o entusiasmo de Cesar Ladeira faz dele o locutor oficial da Revolução Constitucionalista. Uma intensa campanha de mobilização é acionada.

A população adere à rebelião. Um grande número de pessoas se alista para a luta. Quando se inicia o levante, uma muldidão sai às ruas em seu apoio. Tropas paulistas são enviadas para os fronts em todo o Estado. Mas as tropas federais são mais numerosas e bem equipadas. Aviões são usados para bombardear cidades do interior paulista. 35 mil homens de São Paulo enfrentam um contingente de 100 mil soldados. Os revoltosos esperavam a adesão de outros Estados, o que não aconteceu.

Em outubro de 32, após 85 dias de luta, os paulistas se rendem. Prisões, cassações e deportações se seguem à capitação. Estatísticas oficiais apontam 830 mortos. Estima-se que centenas a mais de pessoas morreram sem constar dos registros oficiais.

Grupo no fronte: Armando Erbiste marcado no centro, Santos, 1932


A Revolução Constitucionalista de 1932, foi o maior confronto militar no Brasil no século XX. Apesar da derrota paulista em sua luta por uma constituição, dois anos depois da revolução, em 1934, uma assembéia eleita pelo povo promulga a nova Carta Magna.

Por..::Fernando Navarro
Fonte: Tv Cultura
Para Saber Mais..:: Peregrina Cultural

(fotos_históricos, fotos_antigas)
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

  1. Este artigo tem ótimas fotos mas erra na interpretação dos fatos e acontecimentos sobre 32. A Revolução Constitucionalista, como diz o nome, pregava o retorno a democracia e a obediencia a lei e a constituição do pais, que foram revogados em um golpe de estado. Em 32 o Sr. Getulio Vargas instalou no pais uma ditadura, suspendeu a Constituição e nomeou interventores em todos os estados, com exceção de Minas Gerais; dissolveu o congresso nacional, os congressos estaduais e as câmaras municipais. A ditadura impõe, ainda, medidas para controlar os sindicatos e as relações trabalhistas. Varios jornais foram fechados a força, entre eles, a Folha de S. Paulo.

    Qualquer cidadão que preze pela liberdade de escolha, liberdade de expressão de um povo deveria ter se erguido contra tal governo que se instalou a força e instaurou uma ditadura no pais. Dezenas de soldados paulistas que morreram em 32 não pertenciam a oligarquias. Eram apenas jovens de classe media baixa, estudados e com consciência própria que lutavam pelo retorno a democraciaa e a constituição democrática no país. Este artigo deveria honrá-los.

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