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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Multidão testemunhou vôo histórico - 1° Voo de Avião -

Por..:: Raquel Lima
Fonte..:: Cosmo On Line

Alberto Santos Dumont foi o primeiro homem no mundo a voar em um aparelho mais pesado que o ar utilizando unicamente os recursos do próprio aparelho, sem auxílios externos, também o primeiro que demonstrou isso em público. Seu vôo pioneiro contou com o testemunho de multidão, a filmagem por companhia cinematográfica e o reconhecimento e a homologação do órgão oficial de aviação da época, L’Aéro-Club de France. O histórico vôo aconteceu há cem anos, em 23 de outubro de 1906, com o 14-Bis, em Bagatelle, Paris, França.

O que estimulou os inventores do mundo a realizar o primeiro vôo autônomo de mais de 25 metros com aparelho mais pesado do que o ar foi o Prêmio Archdeacon, estabelecido em julho de 1906.

Santos Dumont, que até então se destacara com os mais leves que o ar, ou seja, os balões livres e balões-dirigíveis, resolveu competir.

O 14 Bis foi concluído em 18 de julho de 1906. Em 23 de julho, ensaiou em público, em Bois de Boulog-ne, Paris, o novo avião preso ao balão-dirigível n.º 14. A partir de 21 de agosto, passou a experimentá-lo separado do dirigível.

Inicialmente, o 14 Bis estava equipado com um motor de apenas 24 Hp, a petróleo, tipo Antoinette, com oito cilindros (4x4, em “V”), construído por León Levavasseur. Para Santos Dumont, o avião estava sub-motorizado. Em setembro do mesmo, 1906, Santos Dumont utilizou no 14-Bis o mesmo motor Antoinet-te, porém por ele aperfeiçoado, com menos peso e um carburador (de carro Fiat), alcançando 50 Hp. A hélice girava a 1.500 rpm (rotações por minuto).

No mesmo mês, ocorreram dois ensaios, no Campo de Bagatelle, em Paris. Primeiro houve uma tentativa de vôo de Santos Dumont no aniversário da Independência do Brasil, no dia 7, quando o 14 Bis realizou apenas um salto de 2 m de altura. Depois, no dia 13, voou à distância de 7,8 metros e à altura de menos de um metro. Esse vôo, para alguns, também foi somente um pulo. Não conquistou nenhum prêmio (para isso, o vôo deveria ser de mais de 25 metros). Porém, ata do Aeroclube da França se referiu a esse feito do 14 Bis, e a essa data, como o primeiro vôo no mundo de aparelho mais pesado que o ar.

Conquista

A conquista do Prêmio “Archdeacon” veio mesmo no dia 23 de outubro de 1906. Às 16h45, após corrida no solo de 200 metros, o 14 Bis voou à distância de 60 metros, à altura de dois a três metros, durante segundos. Com esse vôo, Santos Dumont conquistou o prêmio estabelecido pelo capitalista francês Ernest Archdeacon ao “primeiro aviador que conseguisse voar distância de 25 metros com ângulo máximo de desnivelamento de 25 %”. A notícia rapidamente se espalhou e foi publicada em diversos jornais de todos os cantos do planeta.

Além do Aeroclube da França, a Federação Aeronáutica Internacional (FAI) reconheceu a conquista do prêmio, pois o 14-Bis voara muito mais do que o limite mínimo de 25 metros. No entanto, o vôo não teve todas as precisas medições pela FAI para formal homologação de recorde, a qual veio a ocorrer em outra experiência duas semanas após, em 12 de novembro de 1906.

Recorde

O Prêmio do Aeroclube da França, de 1.500 francos, também estabelecido em julho de 1906, foi destina-do ao primeiro homem no mundo que realizasse, com os próprios meios do aparelho, vôo de mais de 100 metros de distância com ângulo máximo de desnivelamento de 10 graus.

Vinte dias após o seu grande feito de 23 de outubro, Santos Dumont prosseguiu em 12 de novembro na tentativa de também vencer aquele desafio lançado pelo Aeroclube da França.

No dia 12 de novembro do mesmo ano, o 14 Bis apareceu aperfeiçoado com a novidade tecnológica “aile-rons”, superfícies móveis colocadas nas asas, uma em cada lado, para melhorar o controle lateral do avião (em “rolamento”).

Às 10h, na primeira experiência, o 14 Bis voou por cinco segundos e uma distância de 40 metros, a 40 centímetros de altura, hélice a 900 rpm. Vinte e cinco minutos depois, realizou dois vôos em uma mesma corrida, um de 40 metros e outro de 60 metros. No período da tarde, às 16h09, voou 50 metros. Pouco a-pós o vôo anterior, voou 82,6 metros, em cerca de sete segundos, à velocidade média de 41,292 km/h. Mas, às 16h45, diferentemente de todos os vôos anteriores, Santos Dumont decolou contra o vento. O 14 Bis voou uma distância de 220 metros, à altura de 6 metros; duração de 21 segundos e velocidade média de 37,4 km/h. Santos Dumont conquistou com esse vôo o prêmio do Aeroclube da França, a ser concedi-do ao “primeiro aeroplano que, levantando-se por si mesmo, voasse distância de 100 metros com desnive-lamento máximo de 10 %”.

Aquele último vôo de 12 de novembro foi mais alto do que os anteriores, a 6 metros de altura, com ligeira curva à direita. Segundo o próprio Santos Dumont, foi assim mais alto e não foi mais longo por conta da multidão que, ovacionando-o, correu perigosamente para perto do aparelho, obrigando o piloto a reduzir o motor e ao rápido pouso. A aterrissagem ocorreu com a asa direita tocando levemente o solo antes de o trem-de-pouso tocá-lo, sem maiores danos para o avião.

O vôo de 220 metros foi homologado pela Federação Aeronáutica Internacional (FAI) como o primeiro recorde mundial de aviação. Recorde mundial de distância de vôo, sem escala, de aparelho mais pesado que o ar. A FAI também considera o penúltimo vôo do 14 Bis do dia 12 de novembro de 1906 como o primeiro recorde mundial de velocidade em vôo, 41,292 km/h.

Os recordes de Santos Dumont alcançados naquele dia foram superados por outros somente um ano de-pois.









( fatos_históricos )

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