Turismo Consciente na
Costa da Mata Atlântica
(Baixada Santista)
BLOG CAIÇARA

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quarta-feira, 6 de novembro de 2019

O Dialogar O Direito à Cidade e a importância dos espaços públicos

Conectada em Rede de Cooperação

Por..:: *Renato Marchesini

Parece Romantismo mais não é! As Cidades precisam ser mais humanas: O Dialogar O Direito à Cidade e a importância dos espaços públicos.



Por que o direito à cidade é essencial para a construção de cidades pensadas pelas e para as pessoas.

Na maior parte dos lugares, predomina a cultura de um desenho urbano pasteurizado incapaz de reconhecer laços afetivos, singularidades e características das identidades das pessoas e dos lugares.

O primeiro passo para a ocupação está relacionado ao sentimento de pertencimento a uma cidade.

Possibilitar o uso e ocupação do solo de forma a permitir o imprevisível, o aberto e o inesperado, bem como trazer à tona o sentido de pertencimento e a consequente apropriação dos territórios pelas comunidades.

E isso não é papo acadêmico é uma necessidade para tornarmos uma Cidade Inteligente e Conectada em Rede de Cooperação.

É Urgente O Direito à Cidade e que seja inserida nesta Nova Agenda Urbana, a fim de que as cidades sigam o caminho rumo a locais cada vez mais inclusivos, sustentáveis e democráticos.


Muito Prazer! Me chamo Renato Marchesini: Segue AQUI mini currículo.


segunda-feira, 4 de novembro de 2019

TURISMO TUMULAR: Renato Marchesini continua Inovando no Turismo da Baixada Santista

Interessados pagam até R$ 600 para fazer turismo 'tumular' em SP; entenda
Cidade tem locais históricos que atraem interesse, principalmente, de pesquisadores.

Por..:: Fabrizio Neitzke e Matheus Degásperi Ojea*
Matéria do G1 Santos - de 02/11/2019 09h11.

Renato Marchesini, gestor de projetos turísticos em São Vicente — Foto: Fabrizio Neitzke 

Investindo no conceito dos cemitérios como lugares que guardam, em suas lápides e mausoléus, registros históricos e arquitetônicos preciosos, uma empresa de turismo R9 Turismo de São Vicente tem, entre seus roteiros de passeio pela região, um tour pelos cemitérios santistas. É o que o gestor de projetos da agência, Renato Marchesini, chama de “pacote tumular”.

A proposta é bastante diferente dos outros roteiros oferecidos ao público, já que a empresa investe mais em passeios de ecoturismo. “Tumular” foi a palavra escolhida por Marchesini para vender o pacote, porque, segundo ele, o termo abrange mais do que somente turismo em cemitérios.

Assim, um local como o Pantheon dos Andradas, no Centro de Santos, se encaixa no turismo tumular. Em Santos, o pacote tem cerca de seis horas de duração e atende grupos de 10 a 25 pessoas. O roteiro prevê a visita a quatro cemitérios da cidade: Areia Branca, Filosofia, Paquetá e o Memorial. Desses, Marchesini acredita que os de maior impacto são o do Paquetá, primeiro de Santos e onde estão enterradas diversas personalidades, e o Memorial, presente no livro dos recordes desde 1991, que tem destaque por ser o maior cemitério vertical do mundo.

Roteiro histórico incluir peças arquitetônicas importantes dos cemitérios, 
além dos túmulos de artistas e políticos — Foto: Fabrizio Neitzke

Renato Marchesini acredita que fazem parte do público-alvo do roteiro arquitetos, estudantes dos cursos de História e História da Arte, além de jogadores de RPG. Mesmo admitindo que ainda há pouca procura, o empreendedor entende que esse tipo de passeio tem potencial para crescer.

O pacote nasceu depois de Marchesini ter recebido pedido de uma universidade paulistana para levar uma turma que estudava arte tumular para conhecer os cemitérios de Santos. Para criar o roteiro, ele se aprofundou na história dos lugares, contratou um coveiro para ajudar a guiar o grupo e realizou a excursão. Desde então, o pacote continuou disponível no site da agência R9 TURISMO.

Além de bastante específico, o valor do roteiro também é alto. Uma excursão individual custaria de R$ 500 a R$ 600, em média. Por isso, o ideal é realizar o passeio em grupos, dividindo a quantia entre os participantes.

..:: Importância histórica
O pesquisador e professor de História César Agenor explica que a aparição dos cemitérios públicos no Brasil data de meados do século XIX. Na época, um embate entre o discurso médico e o religioso provocou a discussão sobre o modo de velar e enterrar os mortos, de forma a evitar a proliferação de doenças no Rio de Janeiro.

A Corte Imperial legislou em favor do discurso médico, e diversos cemitérios surgiram em todo o País. “Cemitérios não são lugares mórbidos. São para perpetuar a memória dos mortos que criaram o mundo em que vivemos”, argumenta Agenor. Ele ressalta, ainda, a importância do cemitério do Paquetá, pelos túmulos de personagens importantes, como o ex-governador Mário Covas, o pintor Benedicto Calixto, o ex-prefeito Esmeraldo Tarquínio e o poeta Vicente de Carvalho. “São pessoas que ajudaram a construir o Brasil. Todos os nomes de ruas estão aqui”, comenta.

Rua da entrada principal do cemitério do Paquetá, em Santos — Foto: Fabrizio Neitzke

Renato Marchesini também ressalta a importância dos cemitérios como registros históricos. Por serem lugares que raramente mudam de finalidade, também existem peças arquitetônicas de estilos antigos que não são mais usados.

Dependendo da religião, é possível, ainda, observar como diferentes culturas lidam com a morte. Além da questão histórica, o empresário acredita que os cemitérios e seus entornos também poderiam servir de centros de lazer e entretenimento, como ocorre em outros lugares do mundo, como a França e a Argentina.

“Isso aqui é um paraíso”, diz Thiago Braz, 36 anos, sentado em um banco do lado de fora da capela central do Cemitério do Paquetá, onde é coveiro há dois meses. Além da tranquilidade, um outro atrativo, menos convencional, são as histórias de fantasmas do lugar. Apesar de se dizer cético, ele menciona a história do “fantasma do Paquetá”. Ele explica que a lenda faz referência ao fantasma de uma noiva que sai do túmulo à meia-noite e assombra as redondezas.

Para Braz, apesar de atrair alguns curiosos, a parte histórica é muito mais atraente. Ele conta que o cemitério não tem recebido muitos corpos nos últimos tempos. Caminhando pelas ruas do Paquetá, são raras as lápides contendo anos de mortes ocorridas nesta década.

Túmulo do ex-governador Mário Covas, uma das personalidades sepultadas no Cemitério do Paquetá — Foto: Fabrizio Neitzke

Para o coveiro, apesar da beleza do lugar, o cemitério tem pouca visitação de turistas devido ao entorno. “Você entra aqui e parece que está em um lugar diferente de onde veio”, observa, ressaltando a falta de segurança nas redondezas.

O terreno de 26 mil metros quadrados é vizinho de uma base da Polícia Militar e também do prédio da Coordenadoria de Segurança da Região do Centro Histórico, que faz parte da Guarda Municipal. Apenas o portão principal do cemitério fica aberto, enquanto a entrada pela rua Amador Bueno fica constantemente fechada, com uma caçamba de entulho bloqueando a passagem. Cercas elétricas cobrem todos os muros do local.

Em nota, a Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Comunicação, afirmou que não existe projeto turístico para os cemitérios da cidade. A Prefeitura ressalta que o cemitério do Paquetá é considerado patrimônio histórico arquitetônico e cultural de Santos “por sua antiguidade e pelos homens ilustres que estão ali enterrados”.

*Sob supervisão de Alexandre Lopes


Para Roteiros de Turismo tumular em Santos e Região

Imagens e História do Largo do Carmo - Praça Barão do Rio Branco - Conjunto do Carmo em Santos SP

Praça Barão do Rio Branco, antigo Largo do Carmo, vendo-se o Convento e a Venerável Ordem Terceira do Carmo. No lugar do prédio à esquerda situa-se o edifício construído para o Instituto Brasileiro do Café (IBC), e que depois abrigaria instalações da Polícia Federal. A praça, hoje, conta com o monumento a Gaffrée e Guinle, construtores do porto santista:
Calendário de 1979, editado pela Prodesan - Progresso e Desenvolvimento de Santos S.A., 
com o tema Imagens Antigas e Atuais. Santos/SP, 1979

No século XIX, a área era conhecida como Largo do Carmo, em função da igreja desse nome, aqui vista à esquerda em foto de 1865, que à direita mostra o Arsenal de Marinha:
Pátio do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 11,0 x 14,2 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse local, escreveu o arquiteto Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"Espaço determinante da presença da Igreja e Convento do Carmo, Arsenal da Marinha, situado à direita na fotografia, e antiga Casa de Câmara e Cadeia, posicionada atrás do fotógrafo, configurando um largo em formato triangular, em cujos vértices se projetam as ruas Direita, Meridional e Setentrional. Por muito tempo, o eixo viário da Rua Direita foi a espinha dorsal do crescimento da cidade para o sentido Oeste, servindo como importante rota de circulação de mercadorias, que consolidou a vocação mista de comércio e moradia local.

"O grande número de sobrados, vistos na perspectiva distante, tendo a loja no rés do chão e a residência na parte superior, determinava o alto padrão econômico dos comerciantes, grande parte originária de Portugal. Em 1865, na Rua Direita, alinhava-se todo tipo de negócio – depósito de açúcar, hotel, joalheria, sapataria, estúdio fotográfico -, constituindo-se o local como principal polo comercial da cidade.

"Infelizmente, Militão deixou apenas um registro à distância dessa importante via, posicionando-se em um ponto mais recuado do local onde Willian Burchell, em 1826, havia desenhado uma perspectiva da rua. Possivelmente, ficou mais seduzido pela cenografia tortuosa dos beirais e do movimento incessante de carroças e pessoas, desprezando outras tomadas ao longo de sua extensão".

Detalhe da imagem, mostrando o intenso movimento comercial na Rua Direita, futura XV de Novembro:
Rua Direita, vista do Pátio do Carmo, em detalhe de foto de Militão Augusto de Azevedo

O Carmo, em foto de 1865:
Capela da Ordem Terceira, Igreja e Convento do Carmo, em foto de Militão Augusto de Azevedo
(albúmen com 17,5 x 10,8 cm. Acervo Museu Paulista)
Imagem reproduzida no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, de Gino Caldatto Barbosa (org.), Magma Editora Cultural, São Paulo/SP, 2004

Sobre esse conjunto e as fotos feitas em 1865, novamente escreveu Gino Caldatto Barbosa, no livro Santos e seus Arrabaldes - Álbum de Militão Augusto de Azevedo, em 2004:

"A presença carmelita em Santos data do final do século XVI, facilitada com a doação, pela família Adorno, da Capela Nossa Senhora da Graça, situada próxima ao Valongo, onde se passaram a exercer as atividades da ordem. O fundador de Santos, Braz Cubas, também contribuiu com a concessão de terras para a construção da futura igreja, no local atualmente denominado Praça Barão do Rio Branco.

"Os edifícios documentados em 1865 expressam as reformas realizadas no século XVIII para a introdução do repertório barroco na Capela da Venerável Ordem Terceira, à esquerda, em 1752, e na Igreja da Ordem Primeira, concluída dois anos depois, em 1754. Integridade arquitetônica hoje inexistente, prejudicada com a descaracterização do convento, situado à direita da igreja, para a inclusão do Panteão dos Andradas, em 1923, até resultar na demolição da parte restante do edifício, promovida em meados do século XX.

"O conjunto do Carmo aparece em três aproximações distintas, que o fotógrafo documentou por meio das tomadas da Rua Meridional e do Pátio do Carmo e na imagem específica da grande edificação feita ao lado da Cadeia Velha" (N.E.: Cadeia Velha da Praça da República, em contraposição à nova que estava então sendo inaugurada na Praça dos Andradas, e que atualmente é conhecida também por aquela denominação).

O mesmo local, em foto de 1898:
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

A praça, vendo-se à esquerda o Santos Hotel e ao fundo a igreja Matriz, tendo o complexo do Carmo à direita, em foto de 1901. A dedicatória é "Ao Amigo Dr. Guilherme Álvaro (...)":
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Detalhe da foto acima, mostrando os bondes com tração animal e mais detalhes da Matriz (que seria demolida até 1908):
Foto cedida a Novo Milênio pelo professor e pesquisador Francisco Carballa

Em foto de José Marques Pereira feita em 1902:
Foto publicada na edição especial da Revista da Semana/Jornal do Brasil de janeiro de 1902, e na edição 4 da revista Santos Illustrado, de 26 de janeiro de 1903 (acervo: historiador Waldir Rueda)

O mesmo local, em foto de 1954, em que ainda se via o prédio do convento:
Foto: Guia Turístico Santos 1954, de Francisco Martins dos Santos, Santos/SP  (acervo: historiador Waldir Rueda)

A praça, vista desde a esquina das ruas Augusto Severo e XV de Novembro, tendo à direita o complexo do Carmo e ao fundo o Santos Hotel, em 1927:

Foto: reprodução da página 1 do jornal santista A Tribuna, edição de 14 de janeiro de 1927


Em 1910:
 
"Praça da República" (na verdade, vista ao fundo. Em primeiro plano está a Praça Barão do Rio Branco, tendo à direita a igreja e o convento do Carmo, e à esquerda o edifício que em 1924 seria ocupado pelo Santos Hotel). Foto publicada na revista paulistana A Lua nº 8, de março de 1910.

Fonte..:: Novo Milênio


Foto Antiga Santos século 18 - Largo do Carmo Praça Barão do Rio Branco Conjunto do Carmo em Santos SP.



Para Roteiros de Turismo Históricos e Culturais na Baixada Santista


Santos Panorâmica com destaques para o caís e a Serra do Mar (1920)

Santos Panorâmica com destaques para o caís e a Serra do Mar 1920


Para Roteiros de Turismo de Turismo em Santos e Região


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