Atualmente conhecida como Rodovia Caminho do Mar (SP-148), liga o litoral do estado de São Paulo (Santos, via Cubatão) ao planalto paulista (São Paulo, via Região do Grande ABC), e constitui-se em um dos chamados Caminhos do Mar de São Paulo.
Em 1560, o governador Mem de Sá encarregou os padres jesuítas, sob as ordens de José de Anchieta, de abrir uma ligação entre São Vicente e o Planalto de Piratininga. Em 21 de março de 1598, o capitão-mor Jorge Correia determinou que o Caminho do Mar fosse restaurado, “devendo os índios ajudar os branquos” […] “sendo escolhido hu home soficiente que nisto fale a este gentio”. Foi sugerido o nome de Gaspar Colasso, de Santos, que conhecia as línguas indígenas das aldeias de Ururaí e Mamoré (ou Maroré, que ficavam na Serra de Cubatão).
Vista do Caminho do Mar em postal de Theodor Preising, acredito que anos 1930.
Em 1661, o governo da Capitânia de São Vicente mandou construir a Estrada do Mar, com mais de 70 pontes, para permitir a passagem de carroças e carruagens. Em 1789, o então governador da Capitania, Bernardo José de Lorena, recuperou o já então chamado Caminho do Mar e mandou pavimentar o trecho da Serra com lajes de granito. A Calçada do Lorena, assim chamada em homenagem a ele, ainda está parcialmente preservada.
Recebeu entre 1849/1841 o nome de “Estrada da Maioridade”, em referência a maioridade de D. Pedro II. A Estrada da Maioridade continuou recebendo manutenção, e, entre 1862 e 1864, passou novamente por uma grande reforma, esta realizada pelo Comendador José Pereira de Campos Vergueiro, sendo posteriormente chamada de “Estrada do Vergueiro” e no início do século XX, com mais uma tentativa de modernização da via, ela sofre outra reforma, recebendo nome de Caminho do Mar.
No início do século XX, a produção de café no planalto paulista conheceu grande desenvolvimento, e o único modo de escoá-la era encaminhando-a ao porto de Santos, era pela antiga Calçada do Lorena, então em condições precárias. Em 1920, a ferrovia e a estrada já não eram suficientes para atender a demanda por transporte na região. A ferrovia começou a ter congestionamentos e a estrada apresentava vários fatores que limitavam o número de veículos circulando nela.
Trecho do Caminho do Mar em postal circulado em 1938, editor desconhecido.
Nessa época, São Paulo, o ABC e Cubatão estavam se consolidando como parques industriais, aumentando ainda mais a demanda pela ligação entre elas. A cidade de Santos e toda a sua baixada estavam se transformando em pólos turísticos, o que decididamente exigia uma nova ligação entre a planície e o planalto.
Em 1947, foi inaugurada a primeira pista da Via Anchieta; em 1953, a segunda; em 1974, foi inaugurada a pista norte da Rodovia dos Imigrantes; e, em 2002, a pista sul. As técnicas de construção da Via Anchieta eram muito mais aprimoradas do que as do Caminho do Mar. Logo, a Estrada foi passada para trás e ficou subutilizada, assim ficando por várias décadas. No período 1992-2004, a estrada foi fechada e reformada, tornando-se, atualmente, o Polo Ecoturístico Caminhos do Mar, que é formado pela estrada Caminho do Mar e por um trecho da Calçada do Lorena.¹
Em 1922, o então governador de São Paulo, Washington Luís, mandou construir alguns monumentos pela estrada para comemorar o centenário da Independência do Brasil e são eles (do Alto da Serra para a Baixada):
E além dos monumento acima, ainda é possível visitar: a Casa de Visitas do Alto da Serra, as Ruínas do Pouso, o Belvedere Circular, o Pontilhão da Raiz da Serra e o Cruzeiro Quinhentista. (Desses eu não possuo postais antigos).
..:: Fontes..::
¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Caminho_do_Mar
² http://www.energiaesaneamento.org.br/not%C3%ADcias/not%C3%ADcias/parque-caminhos-do-mar.aspx
Sampa Histórica (AQUI).Todas as fotos são imagens de postais encontradas em sites de leilão.
¹ http://pt.wikipedia.org/wiki/Rodovia_Caminho_do_Mar
² http://www.energiaesaneamento.org.br/not%C3%ADcias/not%C3%ADcias/parque-caminhos-do-mar.aspx
Sampa Histórica (AQUI).Todas as fotos são imagens de postais encontradas em sites de leilão.
Para Roteiros de Turismo no Caminhos do Mar e
Históricos e Culturais na Baixada Santista